Educação Pré-primária
No Brasil, com as mudanças econômica e socias, as mulheres passaram a ocupar lugar em fábricas, industrias, empresas, entre outros. Com isso, houve a necessidade de “terceirizar” o cuidado e atenção de seus filhos. Atrelado a isso, Nascimento (2015, p. 17443), argumenta que “[...] a crescente expansão das relações internacionais no final do século XIX levou as instituições de educação infantil a vários países com intenção de regular a vida social envolvida na crescente industrialização e urbanização.”
Além disso, por meio dos estudos sobre a trajetória da Educação Infantil no Brasil, podemos perceber o avançar de um modelo que no início estava voltada apenas para o cuidado e acolhimento de crianças bem pequenas, mas que com o passar do tempo foi sendo repensado e unido a proposta de educar e cuidar, deixando de ter apenas o caráter assistencialista. Contudo, no início os jardins de infância foram constituídos apenas para as crianças de famílias mais abastadas, enquanto que as creches eram voltadas para as crianças pobres e, Nascimento (2015, p. 17447), fala que “somente com a chegada do período conhecido como Estado Novo (1937-1945), o governo assume oficialmente as responsabilidades na esfera do atendimento infantil, sendo criado o Ministério da Educação e Saúde.”
Daí que, a educação pré-primária passou a compreender os ciclos educacionais voltados para a creche e jardim de infância e, de acordo com o Art. 230 da Lei n0 4.024, de 20 de dezembro de 1961, “a educação pré-primária destina-se aos menores até sete anos, e será ministrada em escolas maternais ou jardins de infância.” Segundo Nascimento (2015, p. 17440) também ressalta que “do foco da educação dos trabalhadores jovens e adultos, passou-se a privilegiar as instituições para a infância como, a escola primária, o jardim de infância, a creche [...].” Mas, apesar desses avanços, Nascimento (2015, p. 17447), argumenta que:
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 4.024 de 1961 vem estabelecer que crianças com idade inferior a 7 anos receberiam educação em escolas maternais ou jardins de infância. Porém a referida lei continuou estimulando empresas e industrias a manter instituições do gênero para os filhos dos seus trabalhadores [...].
Logo, com base nessas informações é possível verificar avanços, mesmo que a passos lentos, no processo de implementação da educação de crianças pequenas e bem pequenas no Brasil.
NASCIMENTO, Edaniele Cristine Machado do. Processo Histórico da educação Infantil no Brasil: Educação ou Assistência In: Congresso Nacional de Educação, 12, 29 e 26 de out. 2015, Curitiba. Anais Curitiba: PUCPR, 2015.







