segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Aborto do aborto - Revista da APEC “O Evangelista de Crianças”, nº247, 2º Trimestre 2017, p. 24.




 Poema: Aborto do aborto

O único aborto permitido Deveria ser o aborto do aborto

A dor do parto

É menor do que a dor da morte

O parto convida à luz

O aborto conduz às trevas

O parto é uma dádiva divina

O aborto, um castigo demoníaco

O parto traz choro de alegria

O aborto derrama lágrimas de miséria

O parto constrói um doce lar

O aborto cava uma amarga sepultura

O parto é um caminho que leva à casa

O aborto é a trilha que empurra para o féretro

O parto produz comunidade

O aborto confina ao isolamemto

Parto e aborto

Derramam sangue humano em seus atos

Mas o parto é sentença de vida

O aborto é sentença de morte

A palavra de ordem é abortar

O aborto elimina a vida desde os seus primórdios

Navegar é preciso

Viver também é preciso

Pois o aborto é a grande tragédia da curta vida

De um indefeso feto

Que um dia foi desafeto de alguém

Mesmo antes de ter tido a oportunidade

De se defender do erro ou do acerto

Que de fato, sendo feto

Nunca chegou a cometer.

 

Publicação da Revista “O Evangelista de Crianças”, nº247, 2º Trimestre 2017, p. 24.

domingo, 29 de outubro de 2023

Educação Pré-primária - História da Educação no Brasil (alguns aspectos)

 Educação Pré-primária

No Brasil, com as mudanças econômica e socias, as mulheres passaram a ocupar lugar em fábricas, industrias, empresas, entre outros. Com isso, houve a necessidade de “terceirizar” o cuidado e atenção de seus filhos. Atrelado a isso, Nascimento (2015, p. 17443), argumenta que “[...] a crescente expansão das relações internacionais no final do século XIX levou as instituições de educação infantil a vários países com intenção de regular a vida social envolvida na crescente industrialização e urbanização.”

Além disso, por meio dos estudos sobre a trajetória da Educação Infantil no Brasil, podemos perceber o avançar de um modelo que no início estava voltada apenas para o cuidado e acolhimento de crianças bem pequenas, mas que com o passar do tempo foi sendo repensado e unido a proposta de educar e cuidar, deixando de ter apenas o caráter assistencialista. Contudo, no início os jardins de infância foram constituídos apenas para as crianças de famílias mais abastadas, enquanto que as creches eram voltadas para as crianças pobres e, Nascimento (2015, p. 17447), fala que “somente com a chegada do período conhecido como Estado Novo (1937-1945), o governo assume oficialmente as responsabilidades na esfera do atendimento infantil, sendo criado o Ministério da Educação e Saúde.”

Daí que, a educação pré-primária passou a compreender os ciclos educacionais voltados para a creche e jardim de infância e, de acordo com o Art. 230 da Lei n0 4.024, de 20 de dezembro de 1961, “a educação pré-primária destina-se aos menores até sete anos, e será ministrada em escolas maternais ou jardins de infância.” Segundo Nascimento (2015, p. 17440) também ressalta que “do foco da educação dos trabalhadores jovens e adultos, passou-se a privilegiar as instituições para a infância como, a escola primária, o jardim de infância, a creche [...].” Mas, apesar desses avanços, Nascimento (2015, p. 17447), argumenta que:

 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 4.024 de 1961 vem estabelecer que crianças com idade inferior a 7 anos receberiam educação em escolas maternais ou jardins de infância. Porém a referida lei continuou estimulando empresas e industrias a manter instituições do gênero para os filhos dos seus trabalhadores [...].

Logo, com base nessas informações é possível verificar avanços, mesmo que a passos lentos, no processo de implementação da educação de crianças pequenas e bem pequenas no Brasil.

 

NASCIMENTO, Edaniele Cristine Machado do. Processo Histórico da educação Infantil no Brasil: Educação ou Assistência In: Congresso Nacional de Educação, 12, 29 e 26 de out. 2015, Curitiba. Anais Curitiba: PUCPR, 2015.

CLASSE HOSPITALAR - Livro 09 – MEC

 




*      Aspectos e orientações a respeito da classe hospitalar e do atendimento domiciliar abordados no Livro 09 – MEC

 

O livro Classe Hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar é uma iniciativa do Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação Especial. O presente livro foi elaborado por uma representação de docentes dos Sistemas de Educação e dos Sistemas de Saúde como um meio significativo de nortear o atendimento educacional no ambiente hospitalar e domiciliar.

A educação é um direito de todos e o meio fundamental para o desenvolvimento do indivíduo. As classes hospitalar e domiciliar surgem para atender demandas de educandos que se encontram com necessidades educacionais especiais, por apresentarem fragilidades em seu estado de saúde. O individuo que se encontra hospitalizado, ao vivenciar o adoecimento passa a modificar seus hábitos e, em grande parte a ter que se “desligar” do seu ambiente de convívio por certo período. É nesse cenário que o cuidado com a saúde torna-se amplo, passando a integrar a classe hospitalar e/ou domiciliar como significativo instrumento de direito e assistência do individuo hospitalizado.

Por meio da classe hospitalar e do atendimento domiciliar ocorre o preparo de recursos para viabilizar o acompanhamento educacional do processo de aprendizagem da criança, jovem e até mesmo adulto que se encontra ou não no sistema de ensino regular e, que devido a enfermidade passa a ficar impossibilitado de comparecer a escola.

Tanto a classe hospitalar, como domiciliar possuem arranjos para seu funcionamento e deverá atender necessidades de aprendizagem. Dentro dos arranjos para funcionamento, são feitas algumas exigências, como: mobiliário adequado, bancada com pia, instalações sanitárias adaptadas e espaço ao ar livre. O atendimento educacional hospitalar não se limita apenas a um local especifico, mas poderá ocorrer na enfermaria, no leito e até mesmo no quarto de isolamento caso o educando possua alguma restrição.

No ambiente da classe hospitalar torna-se fundamental a disposição de recursos audiovisuais. Caso a aula ocorra no domicilio deverão ocorrer adaptações para o atendimento pedagógico, providenciadas em parceria com os serviços de saúde e assistência social. Também deverão ser concedidos jogos e materiais de apoio pedagógico e recursos adaptados.

O conteúdo educacional deverá corresponde a educação básica e dialogar com o serviço de saúde, de forma ajustável a situação do educando para que possa ser feita a continuidade da aprendizagem e saberes que o educando detém. Após o período de internação hospitalar ou domiciliar, faz-se necessário a reintegração do educando ao espaço escolar, levando em conta a acessibilidade e adaptação, bem como o contato e dialogo entre a escola regular e hospitalar.

O acompanhamento da classe hospitalar e do atendimento domiciliar é de competência da Secretaria Estadual e Municipal de Educação, juntamente com o Distrito Federal. A classe hospitalar deve possuir um professor coordenador que tenha domínio da proposta pedagógica em classe hospitalar ou domiciliar. Esse profissional deve procurar dialogar com as outras equipes envolvidas para o funcionamento do trabalho educacional.

O professor que irá coordenar precisará conhecer e estar a par das atividades que são características do grupo envolvido na classe hospitalar e atendimento domiciliar, na busca por sempre dialogar com as partes envolvidas: equipe de saúde, secretaria de educação e com a escola de origem do educando.

 

*      Posicionamento reflexivo:

 

Por meio da leitura e observação do livro, ficou notório o interesse e seriedade por parte dos profissionais de educação em realizar a elaboração de mecanismos que colaborem para o funcionamento de atividades, tanto em classe hospitalar como domiciliar. Contudo, ao nos depararmos com algumas classes, a realidade é bem diferente do que está previsto pelo Ministério e Secretarias de Educação. São poucas as classes hospitalares que possuem espaço e material adequado, muitas tem um quadro de professores escasso para atuação e, em alguns casos ocorrem dificuldades no diálogo entre professores e profissionais da saúde.

A elaboração de documentos com vista a contribuir para o atendimento em classe hospitalar e domiciliar são de extrema importância, porém não basta realizar sua elaboração e deixar simplesmente na teoria, mas por em prática os métodos fomentados. Tanto nos quesitos físicos, como: sala, banheiro, iluminação, vias de acesso e temperatura adequada de ambiente; e também no quesito RH (recursos humanos), tais como: pessoas capacitadas e materiais didáticos específicos para a finalidade proposta. Aplicando os mesmos em diversas organizações que desenvolvem o laboral em concordância a melhoria da educação hospitalar e domiciliar em diversas regiões do Brasil: Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro Oeste. Também se faz necessário fiscalizar e cobrar das partes envolvidas que exerçam sua função de forma precisa, caso contrário não atingiremos o real escopo que é de melhoras a vida dos educandos em contexto hospitalar e/ou domiciliar.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

 


A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


A EDUCAÇÃO INCLUSIVA É UM MODELO EDUCACIONAL QUE RECONHECE E ABRAÇA A DIFERENÇA DO ALUNADO, POSSIBILITANDO O ACESSO E A PERMANÊNCIA DO ALUNO NA ESCOLA, MAS QUE PRECISA POSSUIR ADEQUAÇÕES NOS ESPAÇOS E NAS PRÁTICAS DO COTIDIANO ESCOLAR.

ASSIM, ACREDITO QUE APESAR DOS AVANÇOS AINDA HÁ MUITOS ASPECTOS DA INCLUSÃO ESCOLAR QUE AINDA NÃO SÃO PENSADOS E RESPEITADOS EM GRANDE PARTE DAS ESCOLAS BRASILEIRAS. ESPECIFICAMENTE NO ENSINO FUNDAMENTAL I, CREIO QUE PRECISAM SER INTENSIFICADOS OS PROCESSOS DE ADEQUAÇÃO DE ATIVIDADES QUE PROMOVAM A ALFABETIZAÇÃO E O LETRAMENTO DE FORMA PRECISA PARA AS CRIANÇAS QUE SE ENCONTRAM NESSE NÍVEL DE APRENDIZAGEM.


INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 



INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


COM O PASSAR DOS ANOS, OCORRERAM MUITOS AVANÇOS, POR MEIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS QUE COLABORARAM PARA O PROCESSO DE INCLUSÃO DAS PESSOAS QUE POSSUEM IMPEDIMENTOS NO CORPO. TAIS IMPEDIMENTOS PODEM SER DE ORDEM FÍSICA, INTELECTUAL OU SENSORIAL, MAS QUE APESAR DE SE DIFERENCIAR DA “MAIORIA”, NÃO DEIXA DE SER PESSOA, DE POSSUIR SUA IDENTIDADE E DE SER SUJEITO DE DIREITO.

ALÉM DISSO, O ESTADO ASSEGURA, POR MEIO DA CONSTITUIÇÃO, QUE A CRIANÇA DESDE SUA MAIS TENRA IDADE, POSSUI O DIREITO DE ASSISTÊNCIA A EDUCAÇÃO GRATUITA E DE QUALIDADE, POR MEIO DE CRECHES E PRÉ-ESCOLAS, ASSEGURANDO A CRIANÇA O DIREITO DE SE DESENVOLVER, APRENDER E DE CRESCER CONVIVENDO EM SOCIEDADE.

NESSA PERSPECTIVA, A ESCOLA PRECISA CONSIDERAR AS NECESSIDADES DOS SEUS ALUNOS, DIALOGAR COM A FAMÍLIA E DESENVOLVER UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – PPP QUE SEJA VOLTADO PARA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE DIALOGUEM COM A REALIDADE DO SEU ALUNADO, CONTEMPLANDO A CRIANÇA COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS. PARA ISSO, SE FAZ NECESSÁRIO QUE A COMUNIDADE ESCOLAR REPENSE SEU FAZER PEDAGÓGICO E SE APROPRIE DE REFERENCIAIS TEÓRICOS QUE SÃO NORTEADORES PARA O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL E INCLUSIVA PARA FUNDAMENTAR SEUS CONHECIMENTOS E, ASSIM, DESENVOLVER UMA PRÁTICA INCLUSIVA EFICAZ, POSSIBILITANDO À CRIANÇA COM NECESSIDADE ESPECIAL O ENVOLVIMENTO NO PROCESSO EDUCATIVO. 

ACESSIBILIDADE E TECNOLOGIA ASSISTIVA - MAPA CONCEITUAL





Elaborei um mapa conceitual para exemplificar melhor o que vem a ser acessibilidade e tecnologia assistiva. Além disso, apresentei as dimensões da acessibilidade, as categorias da tecnologia assistiva, bem como a relação que possuem.





 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

PARA REFLETIR - DESCONHEÇO O AUTOR

 

(IMAGEM RETIRADA DE ACERVO NA INTERNET)

OBS.: AUTORIA DESCONHECIDA



“CERTA NOITE, AO ENTRAR EM MINHA SALA DE AULA, VI NUM MAPA-MUNDI, O NOSSO BRASIL CHORAR”!

O que houve, meu Brasil Brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo... Antes, os meus bosques tinham mais flores e meu seio mais amores. Meu povo era heroico e os seus brados, retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. 

Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil. 

Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula. 

Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. 

Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais.... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz? Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.

Reaja, Brasil! 

"Um filho seu não foge à luta!"🔰

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

DISCIPLINA DE ENSINO DE HISTÓRIA ARTICULADA COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA - EJA

 


(Imagem retirada do Freepik)

PROPOSTA DE AULA DA DISCIPLINA DE ENSINO DE HISTÓRIA ARTICULADA COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

TURMA: 10 etapa da EJA

PROFESSORA: Sara Espinheira Araújo

TEMA TRANSVERSAL ESCOLHIDO: Orientação Sexual

 

TEMA

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRASMISSIVEIS (ISTs) E COMO SE PREVENIR

 

OBJETIVOS

Espera-se que o aluno seja capaz de:

·         Desenvolver a consciência da prevenção;

·         Aprender sobre as ISTs e a sua história;

·         Desenvolver habilidades de escrita por meio do gênero textual bilhete.

 

DURAÇÃO

Duas aulas com duração de 60 minutos cada.

 

CONTEÚDO

Conceitos de ISTs, os tipos, como essas doenças foram surgindo e se propagando ao longo da história.

 

 

JUSTIFICATIVA

 

Tendo em vista que a turma é formada pelo público de jovens e adultos, o tema transversal sobre orientação sexual com foco nas ISTs irá ser fundamental para este público, tendo em vista que grande parte já possui uma vida sexual ativa ou está iniciando, principalmente os jovens, que estão cada vez mais precoces. Além disso, a presente proposta contribuirá para intervir por meio da compreensão dos agravos que as ISTs podem causar a saúde dos seres humanos. Ainda, por meio do componente curricular de História, faremos uma “investigação” sobre o surgimento das ISTs e o seu processo de evolução, contribuindo para que os educandos se apropriem do que ocorreu no passado e tomem esses acontecimentos como uma cautela à condição humana.

METODOLOGIA

Duração: 30 minutos

10 Momento:

 

Iniciará com perguntas para saber sobre os conhecimentos prévios dos alunos, questionando-os sobre o que são as ISTs, quais são as mais conhecidas e se já tiveram ou se conhecem alguém que já teve?

Após o diálogo, a professora irá expor para a turma slides com a histórias das infecções sexualmente transmissíveis. No momento da exposição, explicará aos alunos sobre a mudança do termo DSTs para ISTs, em que consiste, as principais infecções, a forma de contraí-las e os meios de prevenção.

 

Duração: 30 minutos

20 Momento:

Será feito um sorteio das infecções apresentadas e os alunos formarão duplas ou trios, onde irão produzir bilhetes informando as pessoas sobre a infecção e como preveni-la. Após isso, a turma irá montar um painel com os bilhetes expostos e colocá-lo no mural central da escola para a comunidade escolar ter acesso.

 

Duração: 60 minutos

30 Momento:

Com a orientação da professora, os alunos terão que montar um programa de TV, com um quadro intitulado de “Conhecer para se proteger”, onde cada aluno terá a sua participação na apresentação desse programa, sendo três para a reportagem na rua, cinco para serem entrevistados na rua, dois para apresentação do programa, três para fazerem o papel dos profissionais da saúde, e três para um momento de reflexão com a comunidade escolar após a finalização do programa de TV.  

AVALIAÇÃO

 

No decorrer das aulas, os alunos estarão sendo avaliados pela participação em cada aula e no desenvolver das atividades práticas. Após a exposição oral, os alunos irão receber um feedback sobre os trabalhos desenvolvidos.

RECURSOS DIDÁTICOS

 

·         DATA SHOW;

          PAPEL MADEIRA;

          FOLHAS DE OFÍCIO COLORIDAS;

          MAQUETE DE ISOPOR PARA O PAINEL;

           ALFINETES PARA QUADRO DE AVISOS;

          CANETA HIDROCOR;

           RÉGUA;

           COLA DE SILICONE;

           TESOURA;

          MESA;

          CADEIRAS;

          TRES MICROFONES;

           CAIXA DE SOM.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

ESCOLA E MUSEU: CONHECENDO OS ANIMAIS DA EXPOSIÇÃO DE ANATOMIA COMPARADA






 

ESCOLA E MUSEU: CONHECENDO OS ANIMAIS DA

 EXPOSIÇÃO DE ANATOMIA COMPARADA


PROPOSTA E OBJETIVO

O presente projeto foi pensado com intuito de apresentar, de forma compreensível e lúdica a exposição de Anatomia Comparada para crianças que se encontram na etapa da Educação Infantil. De acordo com Haeckel (1989, p.24), “a anatomia compara revela a existência de planos estruturais em grandes grupos de organismos.” Daí que, será feita uma abordagem, por meio de uma linguagem de fácil entendimento sobre a estrutura dos animais, a divisão dos grupos, os aspectos em comum de cada grupo de animais e as modificações que esses grupos foram sofrendo no decorrer do tempo e, que como afirmado pelo teórico citado anteriormente, “ao estudar a variedade da vida animal, observa-se que cada grupo se caracteriza por uma forma comum que constitui a base da estrutura do grupo.” (HAECKEL, 1989, P.24).

Além disso, utilizaremos como apoio imagens; pequenos vídeos gravados da exposição, mostrando alguns dos animais; e uma atividade prática. Para a atividade prática, as crianças terão que montar um quebra cabeça com as imagens dos animais que serão apresentados em um círculo contendo um desenho/imagem de seus respectivos ambientes de vivência. No decorrer da atividade, ocorrerá um diálogo com as crianças para irmos retomando o que aprendemos sobre a temática. A segunda atividade consiste em um jogo de dados com as imagens dos animais. Para essa atividade, as crianças terão que jogar o dado e, no animal que aparecer, a criança irá falar suas características e compara-lo ao homem.  

Essa proposta foi desenvolvida com o intuito de “levar o museu” para dentro da escola e, assim, mostrar o que é um museu e aproximar as crianças das atividades que ocorrem nesse local. Para isso, a proposta foi pensada de forma lúdica, para que as crianças pequenas tenham contato com processos históricos, acarretando em um grande aprendizado, abrindo os horizontes para os alunos e aproximando a comunidade escolar desse espaço. Vale ressaltar que essa atividade proporcionará a criança o conhecimento do Museu Câmara Cascudo, levando-a a apropriar-se, desde a mais tenra idade, de um patrimônio histórico e cultural do seu povo.

PÚBLICO ALVO

Essa proposta é direcionada aos alunos da Educação Infantil.


JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA

Refletindo sobre o potencial que os museus possuem para a formação do indivíduo e da importância do lúdico na etapa da Educação Infantil, compreendemos a importância de enriquecer a exposição de Anatomia Comparada, a partir de uma apresentação desta para crianças pequenas. Ainda, a proposta visa “levar” o museu para o espaço escolar, por compreendermos que nem todas as crianças tem acesso ou conhecem o ambiente de um museu.

    Também, o texto “A Atitude Etnográfica na Sala de Aula”, de Álamo Pimentel, me fez pensar a prática pedagógica como sendo de fato algo que fazemos pelo aluno. Essa leitura me levou a refletir sobre o professor como pesquisador no campo em que se encontra inserido, onde esse profissional deve desenvolver o diálogo, a sensibilidade e a conexão, colocando-se em “posição de igualdade”, procurando compreender quem é o público para o qual ele está ensinando. Com isso, pude pensar acerca desta proposta que possibilita ao público da Educação Infantil uma aproximação mais adequada do que vem a ser a Exposição de Anatomia Comparada.

  

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

10 MOMENTO

§     O que é um museu?

§     O que tem no Museu Câmara Cascudo?

§     O que é a exposição de Anatomia Comparada?

20 MOMENTO

§     Atividade prática que ocorrerá por meio da montagem do quebra cabeça e do jogo de dados;

§     Desenhos dos animais;

§  Narrativa sobre os desenhos e o que mais gostaram.

 

 

Animais da Exposição

Elefante, baleia, golfinho, macaco, cachorro, jumento, cavalo, zebra, lhama, boi, leão, urso panda e foca.

 

 

 

RECURSOS

Papelão;

Hidrocor;

Régua;

Tesoura;

Isopor;

Folhas;

Tinta guache;

Cola de isopor;

EVA;

Imagens de animais e da natureza.

 

 

  

EXPERIMENTOS COM O SISTEMA SENSORIAL HUMANO

 



EXPERIMENTOS SENSORIAIS


1. Experimento: Percepção de doce

O paladar é a sensação percebida pelos órgãos gustativos: salgado, doce, amargo, azedo e umami. Nesse experimento, você deverá beber um pouco de refrigerante ou qualquer líquido doce de sua preferência. Em uma escala de 1 a 5 (sendo 1 nada doce e 5 muito doce), pontue sua percepção e descreva a sua experiência gustativa. Em seguida, você deverá bochechar por 2 min com uma solução doce (uma colher de sopa de açúcar em um copo de água) e beber um pouco mais do mesmo líquido (esse experimento funciona melhor se você usar Coca-Cola Zero). Pontue essa segunda experiência, descrevendo sua experiência gustativa, e responda:

 

1.    O sabor da primeira experiência e da segunda são diferentes? Se sim, como?

Resposta do participante:

Sim. O sabor de uma é de uva e o outro tem o sabor de água com açúcar.

Pontuação do refrigerante: 3,0. Refrigerante de uva, com sabor fraco. Não consegui sentir o sabor muito doce devido ao gás.

Pontuação da água com açúcar: 5,0. Achei o gosto horrível.

 

    2.    Que fenômeno neurofisiológico pode explicar a resposta acima?

O participante, por meio da gustação teve a sensibilidade de perceber que ambas as substancias ingeridas possuem o sabor doce e, que de acordo com LENT (2001, p.186), “as substancias que impressionam nosso paladar são veiculadas em meio líquido ou sólido”. Além disso, a língua, o palato, a epiglote e também o esôfago, possuem quimiorreceptores gustativos que possibilitam a diferenciação dos sabores.

 

   3.    E se você bochechar, durante 2 min, com uma solução salgada (uma colher de chá de sal em um copo de água). O que acontece com sua percepção gustativa?

Resposta do participante:

Senti um gosto de sal com forte intensidade.

 

4. Você poderia mencionar outras formas de modificar a percepção gustativa?

Tanto o olfato como o paladar proporcionam a interação com o meio. O cheiro é produtor de sabor, desta forma, se por algum motivo a olfação estiver tampada, irá prejudicar o momento gustativo, impedindo a percepção.

 

Materiais utilizados

          Refrigerante sabor uva.

           Água com açúcar.

          Água com sal.

          Uma colher.

          Copo de vidro.

Registro fotográfico

 Figura 1 – Refrigerante utilizado

Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 2 – Participante ingerindo o refrigerante








Fonte: Elaborada pela autora.


Figura 3 – Copo de água com açúcar








Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

2. Experimento: Percepção de sabores

Nesse experimento, você deve preparar gelatinas de sabores diferentes, preferencialmente de cores também diferentes. Desafie um(a) amigo(a) a identificar o sabor de uma sequência (pelo menos duas) de gelatinas de diferentes sabores. Seu(ua) amigo(a) deve estar de olhos fechados, bem como o nariz tapado. Ele deve engolir a gelatina rapidamente, evitando que ela se dissolva na boca. Após a realização de algumas repetições, responda:

1.    Qual a taxa de acerto do seu(ua) amigo(a)? Se ele fizer o mesmo teste de olhos e nariz abertos, seu desempenho melhorará?

Resposta:

Sequência correta: abacaxi – limão – amora.

Sequência descrita pelo participante: limão – limão – uva.

Taxa de acerto: 33%

Sim. Sequência com olhos e nariz destampados: abacaxi – limão – amora.

 

2.    Se o voluntário ficar com a gelatina na boca por algum tempo, mesmo de olhos e nariz fechados, seu desempenho melhorará?

Resposta:

Sim. Mas passou um bom tempo para acertar.

3.    Explique, do ponto de vista neurofisiológico, os fenômenos acima.

 

De início, o participante degustou as gelatinas com a visão e o nariz tapados. Por meio da visão impossibilitada, foi possível a inibição de estímulos, tanto da intensidade, como também da representação através da imagem. Com o nariz tampado, ocasionou na dificuldade da percepção do paladar.

 

Materiais Utilizados

           Três gelatinas sabor abacaxi, limão e amora.

 

Registro Fotográfico

 

  Figura 1 – Gelatinas sabor abacaxi, limão e amora.


 


  





Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

  Figura 2 – Participante degustando a gelatina.









Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

 

 

3. Experimento: Percepção de temperatura

É comum, em um dia de muito calor, desejarmos um banho refrescante. Mas quando entramos embaixo de uma água fria, sentimos nosso coração acelerar e quase nos arrependemos. Entretanto, após alguns instantes, a temperatura da água parece ótima. Nesse experimento, você precisará de três recipientes capazes de acomodar a sua mão inteira. Em uma, coloque água morna (cuidado para não se queimar), em outra, água com gelo. Na terceira, que deve ser posicionada entre as duas outras, água à temperatura ambiente. Coloque a mão esquerda na água morna e a mão direita na água com gelo por um minuto. Após esse período, coloque ambas as mãos no recipiente com água à temperatura ambiente e responda:

1.      Por que apesar de ambas as mãos estarem no mesmo recipiente a percepção térmica difere?

Resposta da participante:

No início, a participante não sentiu nada, mas depois de um tempo a mão que estava no recipiente com água e gelo começou a doer. No momento em que a participante retirou a mão dos recipientes e inseriu no recipiente com água à temperatura ambiente, a mão que anteriormente estava no recipiente com gelo continuou gelada até chegar no ponto de equilíbrio térmico.

 

2.    Elabore uma explicação neurofisiológica para o fenômeno.

 

Por meio do sistema sensorial, torna-se possível sentir o mundo que nos cerca e, através dos sentidos, o ser humano consegue interpretar a linguagem do ambiente para o sistema nervoso. Os termorreceptores – receptores responsáveis pela entrada de estímulos de temperatura – fazem com que o cérebro perceba a diferença de temperatura ocorrida, até mesmo com diferenças mínimas.

 

Materiais Utilizados

           Três recipientes;

          Água;

           Gelo.

 

Registro Fotográfico

 

Figura 1- Recipientes utilizados no experimento.








Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 2 – Mão direita da participante no recipiente de água com gelo.







Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 3 – Mão esquerda da participando no recipiente de água morna.






Fonte: Elaborada pela autora.

Figura 4 – Ambas as mãos dentro do recipiente com água à temperatura ambiente.





Fonte: Elaborada pela autora.




REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 

LENT, R. Os detectores do ambiente. Receptores sensoriais e a transdução: primeiros estágios para a percepção. In: LENT, R. Cem bilhões de neurônios – Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001. P. 167 – 206.