quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

DISCIPLINA DE ENSINO DE HISTÓRIA ARTICULADA COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA - EJA

 


(Imagem retirada do Freepik)

PROPOSTA DE AULA DA DISCIPLINA DE ENSINO DE HISTÓRIA ARTICULADA COM O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

TURMA: 10 etapa da EJA

PROFESSORA: Sara Espinheira Araújo

TEMA TRANSVERSAL ESCOLHIDO: Orientação Sexual

 

TEMA

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRASMISSIVEIS (ISTs) E COMO SE PREVENIR

 

OBJETIVOS

Espera-se que o aluno seja capaz de:

·         Desenvolver a consciência da prevenção;

·         Aprender sobre as ISTs e a sua história;

·         Desenvolver habilidades de escrita por meio do gênero textual bilhete.

 

DURAÇÃO

Duas aulas com duração de 60 minutos cada.

 

CONTEÚDO

Conceitos de ISTs, os tipos, como essas doenças foram surgindo e se propagando ao longo da história.

 

 

JUSTIFICATIVA

 

Tendo em vista que a turma é formada pelo público de jovens e adultos, o tema transversal sobre orientação sexual com foco nas ISTs irá ser fundamental para este público, tendo em vista que grande parte já possui uma vida sexual ativa ou está iniciando, principalmente os jovens, que estão cada vez mais precoces. Além disso, a presente proposta contribuirá para intervir por meio da compreensão dos agravos que as ISTs podem causar a saúde dos seres humanos. Ainda, por meio do componente curricular de História, faremos uma “investigação” sobre o surgimento das ISTs e o seu processo de evolução, contribuindo para que os educandos se apropriem do que ocorreu no passado e tomem esses acontecimentos como uma cautela à condição humana.

METODOLOGIA

Duração: 30 minutos

10 Momento:

 

Iniciará com perguntas para saber sobre os conhecimentos prévios dos alunos, questionando-os sobre o que são as ISTs, quais são as mais conhecidas e se já tiveram ou se conhecem alguém que já teve?

Após o diálogo, a professora irá expor para a turma slides com a histórias das infecções sexualmente transmissíveis. No momento da exposição, explicará aos alunos sobre a mudança do termo DSTs para ISTs, em que consiste, as principais infecções, a forma de contraí-las e os meios de prevenção.

 

Duração: 30 minutos

20 Momento:

Será feito um sorteio das infecções apresentadas e os alunos formarão duplas ou trios, onde irão produzir bilhetes informando as pessoas sobre a infecção e como preveni-la. Após isso, a turma irá montar um painel com os bilhetes expostos e colocá-lo no mural central da escola para a comunidade escolar ter acesso.

 

Duração: 60 minutos

30 Momento:

Com a orientação da professora, os alunos terão que montar um programa de TV, com um quadro intitulado de “Conhecer para se proteger”, onde cada aluno terá a sua participação na apresentação desse programa, sendo três para a reportagem na rua, cinco para serem entrevistados na rua, dois para apresentação do programa, três para fazerem o papel dos profissionais da saúde, e três para um momento de reflexão com a comunidade escolar após a finalização do programa de TV.  

AVALIAÇÃO

 

No decorrer das aulas, os alunos estarão sendo avaliados pela participação em cada aula e no desenvolver das atividades práticas. Após a exposição oral, os alunos irão receber um feedback sobre os trabalhos desenvolvidos.

RECURSOS DIDÁTICOS

 

·         DATA SHOW;

          PAPEL MADEIRA;

          FOLHAS DE OFÍCIO COLORIDAS;

          MAQUETE DE ISOPOR PARA O PAINEL;

           ALFINETES PARA QUADRO DE AVISOS;

          CANETA HIDROCOR;

           RÉGUA;

           COLA DE SILICONE;

           TESOURA;

          MESA;

          CADEIRAS;

          TRES MICROFONES;

           CAIXA DE SOM.


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

ESCOLA E MUSEU: CONHECENDO OS ANIMAIS DA EXPOSIÇÃO DE ANATOMIA COMPARADA






 

ESCOLA E MUSEU: CONHECENDO OS ANIMAIS DA

 EXPOSIÇÃO DE ANATOMIA COMPARADA


PROPOSTA E OBJETIVO

O presente projeto foi pensado com intuito de apresentar, de forma compreensível e lúdica a exposição de Anatomia Comparada para crianças que se encontram na etapa da Educação Infantil. De acordo com Haeckel (1989, p.24), “a anatomia compara revela a existência de planos estruturais em grandes grupos de organismos.” Daí que, será feita uma abordagem, por meio de uma linguagem de fácil entendimento sobre a estrutura dos animais, a divisão dos grupos, os aspectos em comum de cada grupo de animais e as modificações que esses grupos foram sofrendo no decorrer do tempo e, que como afirmado pelo teórico citado anteriormente, “ao estudar a variedade da vida animal, observa-se que cada grupo se caracteriza por uma forma comum que constitui a base da estrutura do grupo.” (HAECKEL, 1989, P.24).

Além disso, utilizaremos como apoio imagens; pequenos vídeos gravados da exposição, mostrando alguns dos animais; e uma atividade prática. Para a atividade prática, as crianças terão que montar um quebra cabeça com as imagens dos animais que serão apresentados em um círculo contendo um desenho/imagem de seus respectivos ambientes de vivência. No decorrer da atividade, ocorrerá um diálogo com as crianças para irmos retomando o que aprendemos sobre a temática. A segunda atividade consiste em um jogo de dados com as imagens dos animais. Para essa atividade, as crianças terão que jogar o dado e, no animal que aparecer, a criança irá falar suas características e compara-lo ao homem.  

Essa proposta foi desenvolvida com o intuito de “levar o museu” para dentro da escola e, assim, mostrar o que é um museu e aproximar as crianças das atividades que ocorrem nesse local. Para isso, a proposta foi pensada de forma lúdica, para que as crianças pequenas tenham contato com processos históricos, acarretando em um grande aprendizado, abrindo os horizontes para os alunos e aproximando a comunidade escolar desse espaço. Vale ressaltar que essa atividade proporcionará a criança o conhecimento do Museu Câmara Cascudo, levando-a a apropriar-se, desde a mais tenra idade, de um patrimônio histórico e cultural do seu povo.

PÚBLICO ALVO

Essa proposta é direcionada aos alunos da Educação Infantil.


JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA

Refletindo sobre o potencial que os museus possuem para a formação do indivíduo e da importância do lúdico na etapa da Educação Infantil, compreendemos a importância de enriquecer a exposição de Anatomia Comparada, a partir de uma apresentação desta para crianças pequenas. Ainda, a proposta visa “levar” o museu para o espaço escolar, por compreendermos que nem todas as crianças tem acesso ou conhecem o ambiente de um museu.

    Também, o texto “A Atitude Etnográfica na Sala de Aula”, de Álamo Pimentel, me fez pensar a prática pedagógica como sendo de fato algo que fazemos pelo aluno. Essa leitura me levou a refletir sobre o professor como pesquisador no campo em que se encontra inserido, onde esse profissional deve desenvolver o diálogo, a sensibilidade e a conexão, colocando-se em “posição de igualdade”, procurando compreender quem é o público para o qual ele está ensinando. Com isso, pude pensar acerca desta proposta que possibilita ao público da Educação Infantil uma aproximação mais adequada do que vem a ser a Exposição de Anatomia Comparada.

  

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

10 MOMENTO

§     O que é um museu?

§     O que tem no Museu Câmara Cascudo?

§     O que é a exposição de Anatomia Comparada?

20 MOMENTO

§     Atividade prática que ocorrerá por meio da montagem do quebra cabeça e do jogo de dados;

§     Desenhos dos animais;

§  Narrativa sobre os desenhos e o que mais gostaram.

 

 

Animais da Exposição

Elefante, baleia, golfinho, macaco, cachorro, jumento, cavalo, zebra, lhama, boi, leão, urso panda e foca.

 

 

 

RECURSOS

Papelão;

Hidrocor;

Régua;

Tesoura;

Isopor;

Folhas;

Tinta guache;

Cola de isopor;

EVA;

Imagens de animais e da natureza.

 

 

  

EXPERIMENTOS COM O SISTEMA SENSORIAL HUMANO

 



EXPERIMENTOS SENSORIAIS


1. Experimento: Percepção de doce

O paladar é a sensação percebida pelos órgãos gustativos: salgado, doce, amargo, azedo e umami. Nesse experimento, você deverá beber um pouco de refrigerante ou qualquer líquido doce de sua preferência. Em uma escala de 1 a 5 (sendo 1 nada doce e 5 muito doce), pontue sua percepção e descreva a sua experiência gustativa. Em seguida, você deverá bochechar por 2 min com uma solução doce (uma colher de sopa de açúcar em um copo de água) e beber um pouco mais do mesmo líquido (esse experimento funciona melhor se você usar Coca-Cola Zero). Pontue essa segunda experiência, descrevendo sua experiência gustativa, e responda:

 

1.    O sabor da primeira experiência e da segunda são diferentes? Se sim, como?

Resposta do participante:

Sim. O sabor de uma é de uva e o outro tem o sabor de água com açúcar.

Pontuação do refrigerante: 3,0. Refrigerante de uva, com sabor fraco. Não consegui sentir o sabor muito doce devido ao gás.

Pontuação da água com açúcar: 5,0. Achei o gosto horrível.

 

    2.    Que fenômeno neurofisiológico pode explicar a resposta acima?

O participante, por meio da gustação teve a sensibilidade de perceber que ambas as substancias ingeridas possuem o sabor doce e, que de acordo com LENT (2001, p.186), “as substancias que impressionam nosso paladar são veiculadas em meio líquido ou sólido”. Além disso, a língua, o palato, a epiglote e também o esôfago, possuem quimiorreceptores gustativos que possibilitam a diferenciação dos sabores.

 

   3.    E se você bochechar, durante 2 min, com uma solução salgada (uma colher de chá de sal em um copo de água). O que acontece com sua percepção gustativa?

Resposta do participante:

Senti um gosto de sal com forte intensidade.

 

4. Você poderia mencionar outras formas de modificar a percepção gustativa?

Tanto o olfato como o paladar proporcionam a interação com o meio. O cheiro é produtor de sabor, desta forma, se por algum motivo a olfação estiver tampada, irá prejudicar o momento gustativo, impedindo a percepção.

 

Materiais utilizados

          Refrigerante sabor uva.

           Água com açúcar.

          Água com sal.

          Uma colher.

          Copo de vidro.

Registro fotográfico

 Figura 1 – Refrigerante utilizado

Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 2 – Participante ingerindo o refrigerante








Fonte: Elaborada pela autora.


Figura 3 – Copo de água com açúcar








Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

2. Experimento: Percepção de sabores

Nesse experimento, você deve preparar gelatinas de sabores diferentes, preferencialmente de cores também diferentes. Desafie um(a) amigo(a) a identificar o sabor de uma sequência (pelo menos duas) de gelatinas de diferentes sabores. Seu(ua) amigo(a) deve estar de olhos fechados, bem como o nariz tapado. Ele deve engolir a gelatina rapidamente, evitando que ela se dissolva na boca. Após a realização de algumas repetições, responda:

1.    Qual a taxa de acerto do seu(ua) amigo(a)? Se ele fizer o mesmo teste de olhos e nariz abertos, seu desempenho melhorará?

Resposta:

Sequência correta: abacaxi – limão – amora.

Sequência descrita pelo participante: limão – limão – uva.

Taxa de acerto: 33%

Sim. Sequência com olhos e nariz destampados: abacaxi – limão – amora.

 

2.    Se o voluntário ficar com a gelatina na boca por algum tempo, mesmo de olhos e nariz fechados, seu desempenho melhorará?

Resposta:

Sim. Mas passou um bom tempo para acertar.

3.    Explique, do ponto de vista neurofisiológico, os fenômenos acima.

 

De início, o participante degustou as gelatinas com a visão e o nariz tapados. Por meio da visão impossibilitada, foi possível a inibição de estímulos, tanto da intensidade, como também da representação através da imagem. Com o nariz tampado, ocasionou na dificuldade da percepção do paladar.

 

Materiais Utilizados

           Três gelatinas sabor abacaxi, limão e amora.

 

Registro Fotográfico

 

  Figura 1 – Gelatinas sabor abacaxi, limão e amora.


 


  





Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

  Figura 2 – Participante degustando a gelatina.









Fonte: Elaborada pela autora.

 

 

 

 

3. Experimento: Percepção de temperatura

É comum, em um dia de muito calor, desejarmos um banho refrescante. Mas quando entramos embaixo de uma água fria, sentimos nosso coração acelerar e quase nos arrependemos. Entretanto, após alguns instantes, a temperatura da água parece ótima. Nesse experimento, você precisará de três recipientes capazes de acomodar a sua mão inteira. Em uma, coloque água morna (cuidado para não se queimar), em outra, água com gelo. Na terceira, que deve ser posicionada entre as duas outras, água à temperatura ambiente. Coloque a mão esquerda na água morna e a mão direita na água com gelo por um minuto. Após esse período, coloque ambas as mãos no recipiente com água à temperatura ambiente e responda:

1.      Por que apesar de ambas as mãos estarem no mesmo recipiente a percepção térmica difere?

Resposta da participante:

No início, a participante não sentiu nada, mas depois de um tempo a mão que estava no recipiente com água e gelo começou a doer. No momento em que a participante retirou a mão dos recipientes e inseriu no recipiente com água à temperatura ambiente, a mão que anteriormente estava no recipiente com gelo continuou gelada até chegar no ponto de equilíbrio térmico.

 

2.    Elabore uma explicação neurofisiológica para o fenômeno.

 

Por meio do sistema sensorial, torna-se possível sentir o mundo que nos cerca e, através dos sentidos, o ser humano consegue interpretar a linguagem do ambiente para o sistema nervoso. Os termorreceptores – receptores responsáveis pela entrada de estímulos de temperatura – fazem com que o cérebro perceba a diferença de temperatura ocorrida, até mesmo com diferenças mínimas.

 

Materiais Utilizados

           Três recipientes;

          Água;

           Gelo.

 

Registro Fotográfico

 

Figura 1- Recipientes utilizados no experimento.








Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 2 – Mão direita da participante no recipiente de água com gelo.







Fonte: Elaborada pela autora.

 

Figura 3 – Mão esquerda da participando no recipiente de água morna.






Fonte: Elaborada pela autora.

Figura 4 – Ambas as mãos dentro do recipiente com água à temperatura ambiente.





Fonte: Elaborada pela autora.




REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 

LENT, R. Os detectores do ambiente. Receptores sensoriais e a transdução: primeiros estágios para a percepção. In: LENT, R. Cem bilhões de neurônios – Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001. P. 167 – 206.